TESTE DA ORELHINHA

segunda-feira, 24 de março de 2014

Perguntas curiosas sobre Desejo


Como o desejo sexual diminui ao longo da vida? 
A testosterona é o hormônio do desejo. Nos homens, é produzida pelos testículos e, nas mulheres, pelos ovários e pelas glândulas suprarrenais. É difícil medir a variação porque os valores de referência são amplos. Os laboratórios costumam estabelecer, para homens, concentrações normais no sangue de 300 a 1000 nanogramas por decilitro. Alguns trabalham com a máxima de 1200 ng/dl. 
Para mulheres, de 14 a 80ng/dl ou de 50 a 120ng/dl. São bem mais baixas do que as do time masculino, mas elas contam também com a ajuda do estrogênio, um turbinador da libido, que manda o corpo aumentar a lubrificação, o fluxo sanguíneo  e a sensibilidade na região da vulva, além de comandar a dilatação do canal vaginal. "Do ponto de vista cerebral, com o avanço da idade, ocorre inibição dos lobos frontais, ligados a regiões instintivas", completa o neurologista Leandro Teles.
"Também há a diminuição de serotonina, predispondo à depressão e à perda da libido." O cérebro perde a eficiência, com redução de seu volume e da capacidade sensorial.

 Existe Viagra feminino? 
Não. O princípio ativo desse medicamento, o citrato de sildenafil, tem a função de aumentar
o fluxo sanguíneo para a área genital e favorecer a ereção. Nas mulheres, a coisa muda de figura porque o tesão envolve principalmente a parte emocional. Cientistas alemães estudaram uma substância chamada fibanserina e encontraram indícios de que ela pode aumentar o desejo modulando a disponibilidade de serotonina e estimula a dopamina - mas leva de seis a oito semanas para
começar a fazer efeito e pode causar depressão e desmaios. Não conseguiram comprovar a segurança e a eficácia dela. Também existem experimentos com a erva Tribulus terrestris, o aminoácido arginina, com função vasodilatadora, e o cloridrato de bupropiona, componente de um antidepressivo que aumenta a quantidade de dopamina e noradrenalina, associadas à libido. Os efeitos colaterais variam de tremores a urticária.

Clima e altitude afetam a vontade de fazer sexo?
Sim. Pesquisadores franceses concluíram que o nível de andrógenos, hormônios masculinos
relacionados ao desejo sexual em homens e em mulheres, aumenta no verão. E estudos
demográficos já demonstraram que, em todo o mundo, o número de nascimentos tende
a ser maior nove meses após a estação mais quente do ano, o que confirmaria a primeira teoria.
O clima também pode interferir se levarmos em consideração a influência da melatonina,
hormônio secretado pela glândula pineal, localizada no cérebro, associado aos ritmos biológicos.
A melatonina é produzida no período noturno e em ambientes escuros seus níveis aumentam,
causando sono. Então, o excesso pode comprometer a libido. Já a serotonina, neurotransmissor
que regula o humor, é fabricada na presença da luz. "É por isso que, no inverno, quando os dias
são mais curtos, e em períodos chuvosos, nos quais o sol quase não aparece, as pessoas ficam
mais deprimidas", explica o psicobiólogo Ricardo Monezi, professor de fisiologia do comportamento
do Instituto de Medicina Comportamental da Unifesp. Seguindo esse raciocínio, nas regiões de
inverno longo e rigoroso, como a cidade de Longyearbyen, na Noruega, que chega a ficar quatro
meses no breu, as pessoas estão mais sujeitas a sentir uma diminuição da libido. Mudanças bruscas
de altitude também podem esfriar os ânimos. Em regiões elevadas, como a cidade de La Paz, na Bolívia, 3.640 metros acima do nível do mar, a respiração fica mais curta e quem não está acostumado sente
tontura e dor de cabeça. Se pensar em cama, vai ser para dormir.

O que é frigidez? 
É a completa falta de desejo sexual, que pode acontecer por vários motivos:
trauma por abuso sexual; efeito colateral de algum medicamento, como antidepressivos;
doenças ginecológicas que causam desconforto e dor; crença de que o sexo é sujo e proibido.
Agora, frigidez é diferente de falta de orgasmo (anorgasmia). Se a mulher fica excitada,
mas não consegue chegar lá de jeito nenhum, as causas vão desde estímulos inadequados
até stress e ansiedade.

O desejo das mulheres muda conforme o dia do mês?
Sim, acompanhando o ciclo menstrual.

Período menstrual
Normalmente, a casa fica fechada para balanço. Mas há quem sinta mais desejo nos dias da menstruação,
assim como podem acontecer picos de libido no período que a antecede ou logo depois que ela termina.

Período fértil
Por volta do 14º dia do ciclo, a sábia natureza prepara o terreno da procriação: a testosterona atinge
o seu ponto máximo para estimular a relação sexual. É quando a mulher está no período fértil, que dura de 3 a 5 dias.

Período pré-menstrual
Os desconfortos nessa fase - inchaço, cólica, dor de cabeça - fazem grande parte delas preferir um bolo de chocolate.
Normalmente, depois da ovulação, os níveis de progesterona aumentam e os de testosterona diminuem.

Homens pensam mais em sexo do que mulheres? 
A biologia diz que sim, a psicologia diz que depende. A quantidade de testosterona e a prédisposição
para se excitar até com a Marge Simpson de lingerie deixam os homens na dianteira numérica.
A psiquiatra Carmita Abdo fez um estudo: entrevistou mais de 7 mil pessoas, em 18 estados brasileiros.
Pelos resultados, 26,1% dos homens sentem vontade de fazer sexo várias vezes por dia,
contra 10,7% das mulheres. O desejo aparece algumas vezes na semana para 53,5% delas e 40% deles. A questão: espermatozoides são baratos e óvulos são caros. Inconscientemente,
além de não entregarem o ouro para qualquer um, elas ainda têm o peso da maternidade.
Eles têm o instinto mais promíscuo.

Por que os mamilos ficam rígidos com a excitação? 
Porque reagem instantaneamente a estímulos internos e externos. Homens também ficam com o farol aceso de vez em quando.

Na superfície
Os mamilos e as aréolas são bastante vascularizados e têm muitos receptores nervosos.

Camada interna
Abaixo deles, há uma rede de fibras musculares que se contraem de maneira reflexa toda vez que recebemos estímulos ou sentimos frio.

Sangue
A excitação libera adrenalina, causando a contração. Nas mulheres, principalmente na amamentação, a resposta do cérebro é motivar
a liberação de ocitocina, hormônio relacionado à formação de vínculo, que também retrai os músculos