TESTE DA ORELHINHA

terça-feira, 29 de outubro de 2013

SONO E DEPRESSÃO

       
                     
Passamos um terço de nossas vidas dormindo. Esse remédio obrigatório, descanso salutar, tem um efeito reparador inimaginável.
Noites mal-dormidas encurtam a vida, tornam o dia desagradável, dão ensejo a enxaquecas. Não apreendemos bem as lições, não raciocinamos corretamente.
Os primeiros sinais, quando não dormimos bem, estão no acréscimo de cortisol, na corrente sanguínea, que dentre outras coisas deflagra a ansiedade. Muito comum nos pacientes com depressão. Há um estreita ligação entre insônia e depressão, como a adverte a bióloga Yara Fleury, do Ambulatório de Neuro-Sono da Universidade Federal de São Paulo.
Entre os neurotransmissores mais afetados pela ausência ou insuficiência de sono, destaca-se a serotonina, ligada ao bem-estar, decorrendo irritações e até mesmo sensações dolorosas.
O mal de Alzheimer está também intimamente relacionado com o mal dormir, como ensina a Escola de Medicina da Universidade de Washington. Ratos submetidos a menos horas de sono desenvolvem no cérebro as terríveis proteínas beta-amiloides.
De acordo com pesquisas da Universidade de Berkely, da Califórnia, pessoas privadas de um bom sono reparador modificam as preferências alimentares, direcionando-se às guloseimas.
A tomada de decisões fica afetada, diz a neurologista Rosa Hasan, do Departamento do sono da Academia Brasileira de Neurologia. A direção dos veículos automotores fica bastante comprometida. Estudar até tarde não resulta em maior aproveitamento, segundo estudos da Universidade da Califórnia. Preferível acordar mais cedo e estudar de cabeça fresca.
A fase mais interessante do sono é a chamada REM (Rapid Eyes Movement), quando denotamos recuperação das tarefas mal-realizadas, retomada de decisões, conforme pesquisa do Dr. Shigeo Yonekura, da Universidade de São Paulo.
O sono deve ser profundo, reparador, em ambiente escuro, silencioso. Sono sem interrupções, prolongado, de sete a oito horas por noite.


SOL DE MAIS, SOL DE MENOS

                       
O banho de sol tem ação preventiva em face das doenças autoimunes, como diabetes, esclerose múltipla e artrite reumatoide.
Ao lado dos cuidados recomendados pelos dermatologistas, quanto à exposição prolongada aos raios solares, mormente sem proteção cremosa ante os raios ultravioletas e suas consequências em melanomas (câncer de pele), os benefícios da vitamina D, sintetizada pelos raios solares, são proclamados com acalorado entusiasmo.
A vitamina D é essencial para a absorção do cálcio pelos ossos,  provenientes dos alimentos, 30% a mais do que os que não se submetem aos raios solares. A sua falta também está associada à obesidade, pois interfere junto  à leptina, hormônio da saciedade.
As crianças, dado à pele fina, são as mais sensíveis aos raios solares. Os idosos também. Os negros necessitam maior exposição ao sol, para obter os benefícios da vitamina D no organismo.
Apenas os raios ultravioletas (UVB), disseminados entre 10 d manhã e quatro da tarde, relacionados com a síntese da vitamina D, são os mais perigosos com risco de câncer de pele. Ao incidir, transformam um derivado de colesterol, o 7-DHC, colecalciferol (a vitamina D-3), que chega ao fígado pela corrente sanguínea, onde é convertido em 25-hidroxivitamina D  (ou 25OHD), a qual chega ao rins, onde finalmente se transforma em vitamina D, responsável pela absorção do cálcio no organismo.
O endocrinologista norte-americano Ddr. Michael Holick, professor da Universidade de Boston, revela, em seu livro Vitamina D – Como um tratamento tão  simples pode reverter doenças tão importantes, os benefícios, antes não enfatizados, para o coração, regulando o adequado batimento cardíaco, para as artérias e veias, regulando o compasso, para a melhoria da força muscular, e uma proteção extra em face das infecções, favorecendo as imunidades, com efeitos anti-inflamatórios, antimicrobianos e antivirais.

         Assim, conciliando os dermatologistas, observando o horário matinal, das 08 às 10 horas, e vespertino, após as 16 horas, com as indicações dos endocrinologistas, o desempenho da luz solar no organismo torna-se um fator de vida mais abundante e saudável.